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domingo

Hanami – Cerejeiras em flor - Sugestão de filme

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Critíca



À primeira vista pode soar estranha a premissa de um filme alemão que aborda em sua essência a cultura japonesa. Porém, bastam alguns minutos de Hanami – Cerejeiras em Flor para entender o porque da escolha da terra do sol nascente como pano de fundo para uma trama sensível e rica em simbolismos.

Rudi Angermeier (Elmar Wepper) e Trudi Angermeier (Hanellore Elsner) formam um casal de terceira idade com uma vida rotineira e tranquila. Porém, ao receber a notícia de que seu marido está com uma doença que lhe dá poucos meses de vida, os médicos aconselham a Trudi que tenha cuidado ao contar sobre a enfermidade e sugere que o casal aproveite os últimos momentos para viajar ou realizar alguns de seus sonhos.


Sem contar ao marido da doença, Trudi convence-o a saírem do interior da Alemanha e irem à Berlin para visitarem os filhos. Sem tempo para os pais, o casal vê o quanto eles se transformaram a ponto de considerar a breve visita um verdadeiro incômodo. A situação se agrava quando, ironicamente, Trudi morre, deixando seu marido sozinho em meio ao desprezo dos filhos.

Ao voltar para sua cidade, Rudi decide se aprofundar nos pertences de sua mulher e descobre que a vida toda ela alimentou o sonho de conhecer o Monte Fuji, no Japão. Na capital Tóquio vive um dos filhos do casal – Karl Angermeier (Maximilian Bruckner). Da mesma forma que os seus irmãos, Karl também não tem tempo e muito menos disposição para tomar conta do seu pai.

Como forma de compensar os sonhos da esposa que não pôde realizar, Rudi parte em uma jornada em busca da essência de uma das formas de expressão que sua mulher mais admirava: o butô, uma dança típica oriental. A época de sua visita coincide com o período do Hanami, o festival das cerejeiras. Suas flores simbolizam a beleza, as mudanças e um novo começo.